segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Atrasos!

Após longas férias de dois meses, volto a postar aqui no Achados e Perdidos! E volto falando de um assunto que realmente me deixa irritada: atrasos! Porém, me refiro a atrasos masculinos - não que os femininos não me deixem perturbada; eles deixam, e muito!

Durante inúmeras vezes, nós, mulheres, somos chamadas de diversos nomes sendo o mais comum "noiva", que serve para designar as possíveis razões para os nossos atrasos. Demoramos demais para nos arrumar, demoramos demais para escolher uma roupa, demoramos demais para sair dos nossos prédios... A questão é: e os homems? Não deveriam ser chamados de noivos da mesma maneira?

Na verdade esse "preconceito" não se restringe à atrasos, englobando fofocas, picuinhas e vingança. Essa mania de dizer que as mulheres são muito rancorosas, que são megeras e vivem falando - nesse contexto usado como eufemismo de "falando-mal-da-vida-alheia - está mais do que ultrapassado.

No entanto, retomando o assunto incial, os atrasos masculinos precedem o mais engraçado de toda a história: a desculpa para o atraso. Alguns são sinceros e lhe dizem que demoraram para chegar porque viram alguma coisa que lhes chamou a atenção e (como são bobos!) resolveram ficar mais um pouquinho. Foram ficando, ficando e perderam a hora. Do outro lado existem aqueles que não têm o mínimo de criatividade a acabam dizendo que o pneu do carro furou, que a tia da vó do namorado da vizinha morreu... enfim, nada que seja passível da nossa confiança. No geral, o que queremos é um pouco mais de respeito e uma singela mensagem avisando o atraso. Nada mais justo!

sábado, 20 de outubro de 2007

Bettie Page

Sim, depois de mais de mês sem postar, cheia de coisas atrasadas, cá estou eu, novamente, postando o quê? Besteira!




You are Bettie Page



Girl next door with a wild streak

You're a famous beauty - with unique look

And the people like you are cultish about it



Êê modinha.
Mas eu gosto.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Total descaso

Sim, é "modinha" e eu, como boa pessoa totalmente desocupada interada dos assuntos políticos da pátria, resolvi me pronunciar frente à putaria que virou essa nação. Não é novidade que toda hora se acha um novo problema e muito menos que ele é resolvido da forma mais cômoda já inventada: não resolvendo merda nenhuma e absolvendo todo mundo.
Não era muito necessário esperar até as 3 da tarde de ontem pra descobrir que o titio Renan ia ser absolvido de tudo. E igualmente não era novidade que a china Mônica Veloso ia sair mostrando tudo em alguma revista bacaninha.
É, minha gente, o supimpa agora é liberar a mixaria (sendo pago por tal "feito"), virar traficante (igualmente bem remunerado) e/ou virar político - de preferência presidente: a pesssoa se aposenta com 8 anos de trabalho, ganha uma fortuna e tem os filhos fazendo festa em Brasília. Eu digo "e/ou" porque, atualmente, pode-se fazer de tudo nesse mundo. Pode até parecer provinciano pensar assim, mas, vamos ser sinceros, o que movimenta a vida é a putaria e o descaso.
Não, eu não estou postando alguma coisa do tipo "ei, eu estou indignada com tudo isso! abaixo o governo! viva a anarquia! etc...". Eu, diferentemente de muita gente (quero deixar claro que quando falo em gente me refiro a pessoas que tem noção da realidade e ainda lembram de não votar nos Collors da vida!), larguei de mão todo o espírito brasileiro do "não desisto nunca". Sinceramente, não tem como. É muito bonito pensar utopicamente e dizer que temos de unir forças, conscientizar as pessoas e tudo mais. No entanto, o que "nós" tentamos fazer sem sucesso algum, uma meia dúzia de gatos pingados fazem usando uma arma que nem o exército tem. E quando um civil tem esse tipo de coisa é sinal de que a coisa tá bem feia. Além do mais, temos tantas coisas para nos preocupar... um bom exemplo é como dar um jeitinho nas contas, colocando uma garrafa pet de água em cima do medidor de luz. Ora, convenhamos, alguém realmente acredita que isso dá certo? (E ai de quem vier me dizer que a tia-avó do vizinho do primo do pai do diabo a quatro faz e sempre dá certo! SEMPRE!)
No final do dia todo mundo tá é preocupado em tomar sua cerveja, ver seu futebol e ganhar na Mega Sena. Queremos é dinheiro fácil e diversão. Queremos agora, queríamos no passado e vamos continuar querendo no futuro.
Não é à toa que em toda cidade, quando recém-fundada, havia uma igreja, uma escola, um banco... e um putero!

domingo, 2 de setembro de 2007

Vida de Chef é difícir, é difícir de viver!

Morar sozinha é um "problema". Claro, é ótimo ter toda a privacidade do mundo, dormir à hora que quiser, não se preocupar com críticas sobre a altura do volume do som, essas coisas. No entanto, a parte ruim é sobreviver sem ficar na miséria. Cozinhar, pra mim, é um prazer. Já, para outras pessoas, é um problema! O Fanny comentou essa semana, que estava "morando sozinho" e precisava dar um jeito de se alimentar de alguma forma. Eu, que já estou "craque" nessa, preciso melhorar minhas receitas. É necessário cozinhar algo no mínimo comestível com poucas coisas (fico na esperança de um dia comprar minha mostarda inglesa!) e tê-las em casa já. Então, em um domingo nublado, pela tarde, sigo rumo à cozinha. O que eu tenho? Massa, leite, sopa instantânea, mostarda e ketchup, sal e... só! O mais divertido de tudo? Eu consegui fazer tudo isso virar uma massa com molho bom. Tá, talvez essa parte do "bom" seja resultante do meu desespero por comer alguma coisa, mas, de qualquer forma, ficou com um bom aspecto.

Qualquer hora dessas, quando eu não tiver mais o que fazer, escrevo um "manual para solteiros e/ou pessoas que moram sozinhas" e ganho uns trocados com isso!

Malditos!!!

Hoje eu provei minha completa loirice e inaptidão pra embutir legendas em filmes. Foram alguns dias atrás da legenda (sim, até parecia que eu procurava enquanto a legenda se escondia!) e mais algumas horas diretaço atrás de um programa que embutisse a legenda no arquivo de vídeo - aproximadamente 4 horas!
Nada parecia funcionar. Eu entrei na fase que tudo te dá dor de cabeça e, além disso, ainda te deixa burro. Nada funcionava, não achava nada que parecesse fazer sentido. No entando, garanto que se eu estivesse com o sono em dia, descansada e calma, eu teria conseguido no primeiro. E, poxa, o filme é tão foda... eu precisava conseguir legendar aquela bosta!
Daí o computador não colabora, reinicia do nada... é uma via sacra.

Felizmente, após muito esforço, muita indignação e muito xingamento, eu consegui! É, consegui fazer a coisa parecer dar certo, sendo que na verdade, deu errado. Ponto pra mim.
Agora, me encontro na minha última tentativa da noite! Se agora não for, farei justiça com minhas próprias mãos (não sei como, mas farei!).

Um breve post scriptum: por que razão, motivo, idéia esdrúxula chove todo domingo e me impede de ir pra Redenção? Depois ainda me reclamam da minha nerdice!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Resenha do Show da Devils, 28/07/07, Absynthe Pub, Santa Cruz do Sul


Devido ao fato de eu estar um pouco no vácuo criacional, como o Fanny falou no blog dele há alguns posts atrás, eu vou postar uma resenha que fiz do show da Devils, banda de amigos meus. Talvez essa "sessão" entre para os marcadores e permaneça lá ^^

OBS: Foto escura, infelizmente, da passagem de som da Devils. Da esquerda para a direita: Rubaum, Meia, Jonas, Jorge e Jean.

No dia 28 de julho chegou o tão esperado show dos guris da Devils pelo interior do estado! Bom, pelo menos era o que todos nós, de Porto Alegre, sentíamos. Foram duas longas horas de viagem (divertidíssima, aliás) de ida e duas horas de volta, mas ambas valeram muito a pena para ver o show que foi intitulado “o melhor até agora”. A banda Devils, da capital da província, foi a última a tocar no Rock Against Ass Festival, no Absynthe, mas fez valer a pena a espera. Houve acidentes de percurso: tivemos um baterista entrando em coma alcoólico, saindo do coma para tocar monstruosamente bem e voltando ao coma após o show; poucas pessoas ainda se mantiveram firmes e perseverantes no momento do show, que creio ter começado por volta das 5 da manhã numa friagem incrível. No entanto, nada disso foi suficiente para ofuscar o grande show que foi presenciado.
Um set list riquíssimo em músicas próprias, como “So Much Higher” e “Black Hole Woman”, e de bandas maravilhosas como Spitirual Beggars e Chrome Division, sem esquecer de Testament, foi mostrado durante o show. Sem dúvida alguma pode ser visto todo o talento dos 6 guris da capital: Rubaum (vocal), Jorge (guitarra), Meia (guitarra), Jean (baixo), Jonas (bateria) e Felipe (harmônica). Creio ser uma banda em ascenção que possui (quase) tudo necessário para alçar vôo! Talvez o que falte é um pouco mais de luz dos holofotes. Vemos o público da banda crescendo cada vez mais, bem como o número de shows em suas agendas! E realmente não é de se ficar surpreso: todo o talento que a banda possui a faz muito merecedora de todo o sucesso possível de se alcançar. Músicas muito bem trabalhadas, letras igualmente ricas e instrumentistas muito carismáticos fazem da Devils uma das melhores - se não a melhor - banda da capital e diria até, talvez, do estado no seu segmento.
Esperamos que apareçam mais shows em Santa Cruz. Como alguns disseram, foi um prazer tocar no interior.

sábado, 25 de agosto de 2007

Largar ou não largar?

A questão é bem simples: largar ou não largar?
Não é tudo que pode ser mantido e nem tudo pode ser abandonado de uma hora pra outra! Como diria a Dai, "a vida é um par ação-reação". Todas as nossas opções desembocarão em uma determinada rota, queiramos nós ou não. Como saber qual atitude tomar? Como balancear as coisas se elas são tão diferentes? Deveríamos nos concentrar no valor que elas adquiriram com o tempo? Devemos ser secamente práticos e só analisarmos a sua utilidade em nossas vidas?

Creio que tudo é bem mais profundo do que percebemos. Eu fiz escolhas que mudaram minha vida completamente. E eu não me refiro a algo do gênero "qual roupa usar?"; me refiro a questões fundamentais, que podem me acrescentar mundos e fundos. Eu abri mão de determinadas coisas que hoje vejo não ser tão importantes, valiosas e muito menos significativas. E disso tudo, a única lição que pude tirar foi a de não cometer os mesmo erros. Não digo que não os cometeria novamente, e sim que pensaria muito mais sobre o assunto. Talvez por isso eu fale menos e pense mais antes de dizer qualquer asneira. Sim, sou conhecida por falar besteira nas horas mais impróprias, mas também sei refletir sobre o que vou proferir.

No fundo, acho que esse metodismo não me leva praticamente a lugar nenhum. No entanto, posto que não tenho muito, a não ser bagagem - emocional, espiritual, profissional, etc -, não tenho (praticamente) nada a perder. Posso passar uma noite inteira ouvindo qualquer coisa, enchendo a boca pra falar e justificar as coisas nas quais acredito ou então falar sobre o que li ontem no meu horóscopo. A vida é feita de vivência, por mais redundante que isso possa parecer.


No momento, me permito assistir à uma grande obra de Coppola, com grandes mestres do cinema e tentar entender o tão dito "manual de sobrevivência masculino" que é "O Poderoso Chefão" e me preparar mentalmente para um longo e bom ensaio com a melhor companhia que eu poderia querer: meus amigos, confidentes e muito mais sábios do que o meu horóscopo - que creio ser inventado por algum gordinho, enquanto ele come alguma coisa bem açucarada, cheia de gordura-trans, toma um café preto e bola um bom parágrafo para publicar no jornal, crendo que com um monte de informações vagas sobre algum planeta se alinhando com alguma outra coisa existente no universo vá mudar a vida de alguém ou, no mínimo, manter seu emprego. Feliz ele, que "pode" dar esperanças à vida de alguém com poucas frases!

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Um lugar no mundo

Lya Luft uma vez disse "Todos os dias escolho Porto Alegre como meu lugar no mundo". Eu seria menos abrangente: diria que escolho todos os dias o trio-ternura Cidade Baixa-Santana-Bom Fim como meu lugar no mundo. Escolho as ruas pelas quais passo todos os dias, mesmo que em pensamento. Escolho a Redenção nos domingos, rodeada de casais com seus filhos e cachorros, as pessoas estranhas, porém amigáveis que "habitam" o Arco, a grama verdinha, o chafariz, os espelhos d'água. Escolho o charme de cidade antiga do Santana e do Bom Fim. Escolho a boemia da Cidade Baixa, o grande xis do Cavanhas e do Speedy.
São coisas simples, coisas como raios de sol nas tardes, ou como fugir dos quero-queros, que fazem seus ninhos em lugares nada estratégicos e que ao nos ver, resolvem dar razantes, como que nos mandando embora.
Fico feliz de poder compartilhar dessas sensações com mais algumas pessoas, de saber que essa região de Porto Alegre, tão perto do centro da cidade mas ao mesmo tempo tão longe, nos mantém vivos!

Caminho... seria o verbo ou o substantivo?


Não sei se eu percorro o caminho ou se ele me percorre.
Não sei se de fato existe caminho ou se é apenas mais uma conspiração pra mais uma brincadeira "cai-levanta", mais uma peça que o universo resolve me pregar. Já não sei mais ao certo no que creio. Existiria o destino? Existiria vida após morte? E vida após amor? E após música?
Sei que existe a insônia, a vontade de dormir, o sono breve, que dura apenas o exato tempo de nos levantarmos de onde estamos, nos arrumarmos e irmos deitar. Não dura mais do que isso! Estamos deitados, tentando nos esquentar debaixo de todas as cobertas necessárias nesse inverno, sozinhos, tentando dormir. Mas o sono apenas se distancia, cada vez mais e mais. Se distancia e não parece querer voltar. Apertamos nossos olhos, na leviana esperança de que isso vá ajudar. E é nesse momento que nossos maiores medos, nossos piores pensamentos aparecem. Penamos ao pensar nas contar que devem ser pagas, fazemos orçamentos até o fim do mês mentalmente, contamos até o último centavo, crendo que tudo dará certo. O que parecemos não ver é que o quanto mais nos mantemos pensando nisso, mais nos mantemos acordados, pensando em mais problemas. É uma bela bola de neve, que cresce a cada noite. Por fim, após algumas horas, adormecemos. Mas e nossos sonhos? Esperamos que eles nos levem para algum lugar bem bonito, calmo, onde talvez possamos... dormir! O sono parece ser a melhor forma de esquecermos dos nossos problemas.
Esquecer parece bom. Soa bem. Soa "adulto". É como ser a pessoa mais superior da relação e esquecer os erros, os enganos. Ao mesmo tempo, esquecer não soa mais tão bem. Lembra "fuga". E como eu mesma canto, nas palavras de amigos, "Eu já cansei dessa história/'tudo um dia vai mudar'/Eu já juntei alguns trocados/Amanhã vou me mandar".

Enfim, que o caminho me percorra, que ele me leve onde eu devo ir. Ou que então me coloque em um ponto onde eu possa o percorrer. Mas que eu saia do lugar em que me encontro e que ande pra frente!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O início da fase do vazio

E eis que se entra na tal "Fase do Vazio". Talvez ela seja de cunho criativo ou então de cunho amoroso. Mas ela simplesmente entra nas nossas vidas. É o momento em que nada mais tem fundamento, nada mais faz sentido. Lutamos, no início, para negá-la, mas raramente conseguimos eliminá-la. Somente depois de um bom tempo e com a ajuda de uma boa emoção a vemos como passado, e não mais como presente. Em alguns momentos tentamos combater essa tal fase e tirá-la da vida de outrém. Tentamos ser a emoção que aparentemente falta à essa pessoa, tentamos fazê-la ver que podemos tomar lugar do vazio, mas ainda sim, depende do cidadão que está neste momento. E, não raro, nos vemos impotentes frente à tudo isso, da mesma maneira que muitos querem mudar inúmeros fatos, mas sentem-se pequenos demais para tanto.
Então nos lançamos em uma jornada, uma espécie de férias da vida, tentando juntar todos os pedaços que já caíram, não importa o que tenha sido quebrado. Sentimos como se não nos reconhecessemos mais, como se estivéssemos prestes a gritar, muito alto, tentando libertar algo que nem sabemos ao certo o que é. Passam por nossa cabeça pensamentos de variadas naturezas: desde a possiblidade de nos "espiritualizarmos" até a de nos matarmos - claro que nesse caso, a intensidade e o período que ela permeia nossa mente varia de pessoa para pessoa. Nos sentimos como a Geni, do Chico (Buarque): "Joga pedra na Geni/Ela é feita pra apanhar/Ela é boa de guspir[...]Maldita Geni".
Felizmente, tudo isso passa, assim como o inverno acaba e a primavera chega.
Eu ainda espero a minha e a de outras pessoas passarem. Espero não mais enxergar tudo com os olhos cansados de quem não vê muito futuro e apenas sente saudade da pessoa que era há pouco tempo atrás. Ainda tenho a esperança de não mais ver a tal linha traçada, que nunca mais se apaga.