quarta-feira, 30 de julho de 2008

Deu a louca no cinema.


Eu estou de férias na casa dos meus pais e estou fazendo o ritual básico de férias por aqui: alugar todos os filmes que puder, quase um "coma tudo o que puder" (o que se aplica na casa da Vó). Como algumas locadoras são meio precárias em filmes (precisei ir pra capital pra conseguir o Laranja Mecânica quando eu tinha 14 anos e morava aqui no interior), a gente acaba é olhando nas prateleiras os títulos disponíveis e vemos o que parece interessar.


A atendente, meio impaciente, resolveu perguntar se eu precisava de ajuda. Eu respondi que não, que estava só vendo algum filme pra levar. Eis que ela resolveu me dizer que todos daquela fileira eram bons (um filme mais bizarro que o outro, mas tudo bem). Eu agradeci e acabei pegando o tipo clássico que me diverte: sátiras de filmes. A primeira vez que eu vi "Todo Mundo em Pânico 3", vi o Charlie Sheen se passando pelo Mel Gibson... G-ZUZ! COMO eu ri! Depois vi "Não É Mais Um Besteirol Americano" e "Não É Mais Uma Comédia Romântica". Todos interessantes. Baseado em todo esse background eu quis acreditar que "Deu a Louca Em Hollywood" era, no mínimo, razoavelmente bom. Resultado: não aguentei pouco mais de uma hora de filme - e me sinto muito vencedora por isso; minha mãe não aguentou nem 20 minutos.


O filme possui todos aqueles detalhes de enredo já vistos nos filmes que satirizam outros filmes, um elenco "conhecido" e um péssimo roteirista. O filme é tão ruim num aspecto geral que a menor das piadas que consegue um sucesso parece incrivelmente boa. Eles tiveram boas sacadas, mas nada fenomenal e que realmente faça com que valha a pena ver o filme inteiro. Eu, por exemplo, vou entregar sem ver todo. Tenho mais o que fazer (mentira, tô de bunda pra cima o dia todo, só quero reclamar mesmo!).

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Matanza @ Opinião, Porto Alegre – RS, 27 de julho de 2008

Eu esperei por uns dois anos pra poder ir num show do Matanza. Sempre acabava viajando e perdia os raros shows que eles fazem aqui. Dessa vez me programei, não podia perder mais um show.

A cada segundo que passava eu morria mais um pouco de ansiedade. O Matanza está, para mim, num alto patamar e ficar ansiosa não era bem uma novidade. Por volta das 9 e meia, eles entraram no palco e daí em diante foi só alegria.

Os caras tocaram todas que eu gosto, tocaram Johnny Cash e o pessoal se quebrava cada vez mais. Realmente, como diz o Jimmy, “toda noite é o mal pela raiz”. Só foi um pouco triste eles não terem tocado Mesa de Saloon. De resto, ouvimos todas as “de sempre”: Ela Roubou Meu Caminhão, Bom É Quando Faz Mal, Santa Madre Cassino... E naquela noite de chuva quase-torrencial a frase “bom de noite é ir pra rua/mesmo quando está chovendo” fez muito sentido.

Como sempre, o bom mesmo é o after. Dessa vez não foi diferente. O pessoal do “putavontadedeenlouquecer” se jogou pra dentro do Odisséia e só as fotos podem tentar explicar o estado impressionante no qual o povo ficou. Só posso agradecer à todo mundo pelas maravilhosas companhias, pelos viras de martelinho, pelas cevas, pelas risadas e por tudo mais.

Desse jeito é fácil começar a semana: domingueira com amigos, festerê e Matanza. Não quero mais nada nessa vida. Mentira, quero mais dessas.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Bandas sem as quais eu não seria o que sou hoje.

Eu sou uma pessoa que não consegue sobreviver sem música, ouço música até pra tomar banho. Nada mais justo do que colocar a cabeça pra funcionar e eleger as bandas mais importantes pra minha formação atual organizadas pela idade que eu tinha quando comecei a ouvir.
Vamos lá! Preparem-se pras trasheiras que habitam esse ser que vos escreve. :P

0 - 5: Jovem Guarda.

Leno e Lilian.

Muito antes da Adriana Calcanhoto pensar em regravar "Devolva-me", quando eu estava no útero da minha mãe (talvez ainda fosse um óvulo não-fecundado) eu já ouvia esse pessoalzinho brasileiro que mais parecia fazer versões aportuguesadas de Beatles. Por mais que Leno e Lílian não sejam tão jovem guarda, era inevitável que meu pai me fizesse cantar noite e dia algumas músicas deles (pra quem não sabe, meu pai é praticamente um multi-instrumentista e por muitos anos tocou em festas, reuniões e chás da aeronáutica em Canoas. Em casa, a gente sempre ouvia muita música e, nos fins de semana, o pai tocava teclado e eu cantava os grandes sucessos da música nacional e internacional).

Renato e Seus Blue Caps.

Entra na mesma linha de Leno e Lilian, a diferença é que esses realmente faziam umas versões de Beatles. Até hoje eu canto com a banda do meu pai algumas músicas deles. Acho muito lindinhas, apesar de serem beeem simples. RSBC, pra mim, é a prova de que é possível fazer versões boas - coisa que creio ser muito complicado hoje em dia (depois de Mordidas de Amor, do Yahoo, como versão pra Love Bites do Def Leppard, eu tive sérios problemas pra sobreviver... mas esse é assunto pra um outro post).

5 anos, 1º marco importante: Revolver!

Eu lembro muito bem de um domingo super chuvoso, de um jogo do Grêmio (líder isolado! feitoria!) com o Botafogo (que ganhamos de 2 a 1). Eu e os meus pais fomos ao jogo de carro e, na volta, tinha tanta chuva e tanto fluxo de automóveis que preferimos ficar um tempo no carro e esperar grande parte do pessoal sair. Pois bem, foi nesse dia que meu pai colocou no CD-player o "HELP", dos Beatles. Minha vida estava começando a mudar. Algumas semanas depois, eu estava em casa de bobeira (no auge dos meus 5 anos). Resolvi abrir a gaveta de CDs dos meus pais e reconheci a grande fileira de CDs dos Beatles. Dei uma olhada em cada um deles e escolhi o Revolver. Acredito que não podia ter escolhido um CD melhor para ouvir. Até hoje é o meu favorito: eles estavam doidões, tinha voltado da índia e fizeram grandes músicas. A vida nunca mais foi a mesma depois desse CD!

5 - 10: MPB e Bossa e Frank Sinatra.

Toquinho, Belchior, Elis Regina, Gilberto Gil...

Nessa época da minha vida a minha formação musical tava ficando cada vez melhor. Graças a essa fase eu não tive o preconceito de que música brasileira é ruim. Até hoje eu me cago tentando tocar no violão algumas músicas que eu ouvia nessa época e não tem cristo que faça eu conseguir (sim, eu sou ruim, mas o que vale é a intenção). Se eu nunca tivesse ouvido essas pessoas (obrigada mãe e pai!), eu provavelmente não cantaria o que canto hoje em dia.

Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Chico Buarque.

Sem esses eu definitivamente não seria ninguém. Tom Jobim era uma coisa inerente à minha pessoa, posto que me chamo Luísa e a mãe adorava me fazer ouvir a música "Luiza" (acho que já ouvi todas as regravações existentes). Vinícius sempre foi lindo e maravilhoso e escrevia coisas geniais. Mas o grande mérito é o Chico Buarque! Ele é o cara que compôs várias músicas que eu gostava e ouvia pela Nara Leão, dentre outros. O caso é que eu tinha um pouquinho de preconceito com ele. Eu achava ele "samba" demais. Ok, eu explico: eu tinha 10 anos, ouvia coisas mais "pesadas" e achava que samba não podia ser bom. Por isso que o mérito é do cara (e do meu pai, que me obrigou a sentar e ouvir um CD inteiro!). Depois de ouvir uma vez, nunca mais parei.

Frank Sinatra.

Aí entra o Tony Bennett e o Louis Armstrong também. Graças a esses dois, eu virei uma pessoa apaixonada por música clássica americana e pelos melhores do Jazz. Negócio vai bem além de "New York, New York". Vai pra "Foggy Day", "They Can't Take That Away From Me" e todas as músicas que tocam em filmes românticos que se passam em um natal/inverno em NYC.

10-15: Pop, Quebradeira, Farofada e Progressivo!

Michael Jackson.

Como boa guriazinha, eu ouvia música pop. Já fui apaixonada pelo Michael Jackson (época de quando ele era negrinho e "bonitinho" e fazia duetos com o Paul McCartney) e ainda tenho o CD "Bad" dele. Permaneço achando o cara genial até hoje, apesar de ignorar a fase branquelo-sem-nariz dele.

Pantera.

Ok, essa tá distoando muito das outras, mas se não fosse pelo Pantera eu nunca teria começado a ouvir todas essas bandas de trash que eu tanto amo. Na verdade, Pantera abriu minha mente pra coisas mais pesadas. Lembro da tristeza de todo mundo quando o Dimebag Darrell morreu, lembro das "festas" com o "Vulgar Display of Power" tocando a todo volume... Pantera foi praticamente a trilha sonora dos meus 15 anos.

Farofada!

É, como se não bastasse todo o glitter do Michael Jackson, eu adentrei o mundo do Hair Metal e do Hard Rock farofa. E tem mais: a-do-rei!
Foi a época em que a minha coluna mais sofreu: eu andava de salto agulha por ruas de pavimentação duvidosa (leia-se paralelepípedos irregulares), usava meia arrastão... só não tinha poodle-hair porque meu cabelo era comprido. Essa paixão toda fez com que eu e a minha tia tívessmos várias conversas sobre o Jon Bon Jovi ser o cara mais maravilhoso que já pisou na face da Terra (essa a Cler, do hitnarede.com, vai adorar!).

Genesis.

É, no auge dos 15 anos eu ganhei do meu tio um vinil do Genesis que, até hoje, é o meu favorito: Selling England By The Pound. Não troco esse álbum por nada, acho ele fantástico e até já virou dica musical lá no Faneinbox. Acho os caras geniais e praticamente dispensa apresentações. Era a banda do Phill Collins, fazia um som progressivo de primeira! Sem Genesis, não teria a base que tenho hoje pra progressivos fodas.

15-20: a fronteira final?

Bom, depois de tantas bandas computadas na playlist cerebral, eu ainda consegui incluir mais coisas.

Do Alternativo ao Indie.

Em alguns momentos da vida a gente se depara com coisas novas e boas. Isso aconteceu quando eu ouvi pela primeira vez Kings of Convenience. Bossa, indie, alternativo... tudo misturado (e muito bem misturado, diga-se de passagem!). É o que me acalma, me deixa feliz, me deixa com saudades. Depois disso veio La Rocca, Of Montreal, Bright Eyes... tanta coisa que eu nem sei se consigo enumerar. O grande agradecido dessa vez é o Rust, por ter me inserido completamente nesse mundo em uma época em que eu acreditava que Killers e Interpol eram a nata da coisa. Engano meu!

Progressivos brasileiros: é possível!

A Cor do Som não era uma novidade pra mim. A banda de apoio dos Novos Baianos era velha conhecida, a mãe sempre ouviu... só caiu no esquecimento pra voltar agora. O mais legal é mostrar pra mãe a música "Frutificar" (foda pra caralho!!) e ouvir ela dizer que adora essa música!
Tanto A Cor do Som, quanto Novos Baianos são a prova de que progressivo brasileiro tem qualidade e é mais do que possível, é necessário!

E agora, José?

Eis que eu chego mais perto dos 20 anos e me questiono: o que eu vou ouvir nas próximas décadas? No ressurgimento de B52's de uma maneira BEM decadente, eu tenho medo do que pode aparecer. No entanto, se eu puder permanecer ouvindo o que eu sempre ouvi, vai ser maravilhoso.

P.S.: Esse post ficou mais gigantesco do que eu pensei que ficaria. Muita gente ficou de fora dessa lista (Iron Maiden, Carl Perkins, Elvis, Johnny Cash, Blind Guardian...), mas se eu for ficar falando sobre todas as bandas que eu gosto, esse post nunca vai terminar.

sábado, 19 de julho de 2008

Comportamento de solteiro: lei universal?

Eu, como boa viciada (e crente total) em Sex & The City, me peguei pensando numa noite dessas sobre um tópico discutido durante um episódio (aquele em que a Carrie vai morar com o Aidan e reclama da falta de privacidade): comportamento de solteiro.

Esse tipo de comportamento consiste em fazer coisas que geralmente se faz quando está sozinho e que não tem muita explicação/sentido. Exemplo dado no programa: ouvir música ruim enquanto limpa a casa. Eu possuo esse comportamento. Quando era assinante de Tv a cabo (anos dourados!) e resolvia limpar a casa, eu sempre colocava em algum canal de áudio bem vergonhoso (tipo o de música latina ou algum que tivesse algo pop-velharia envolvido). Se alguém chegasse aqui em casa eu provavelmente colocaria num canal de rock internacional ou no de jazz pra ser mais cult. Típico single behavior! E, convenhamos, fazer faxina com trasheira 80's é a melhor coisa do mundo e é quase digno de uma vassoura sendo feita de microfone.

Além de tudo isso, tenho minha tarde e/ou noite dedicada completamente à minha bíblia (a Vogue - sim, sou bem mulherzinha!), tenho mania de dormir com o rádio ligado, de fumar um último cigarro na cama... coisas que provavelmente não faria se morasse com um cônjuge. Sei que isso parece be abobado, mas até que faz sentido. É como se esse tipo de comportamento fosse tão privado quato os nossos pensamentos.

Alguém tem algum comportamento de solteiro bizarro? Fiquei curiosa pra saber se a lei é universal mesmo.


P.S.: Depois de ter um tratamento intensivo na GIG ROCK pra descobrir bandas que são hype no momento, me deparei na MTV (sim, não tenho mais o que fazer) com uma música legalzita da banda The Ting Tings. Clássico eletrorock - nesse caso mais eletro do que rock -, quase um eletroindie (isso existe?). As músicas mais tocadas e mais "famosas" são meio enjoadinhas (ainda mais quando o Beco faz você enjoar delas), mas tem umas outras bem interessantes. Só conheço o CD de 2008, o "We Started Nothing" e é uma boa dica pra quem gosta dessas bandas modernosas.
Aliás, ver MTV, achar um clipe interessante e colocar o CD dos caras pra baixar é mais um comportamento de solteiro meu.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

GIG ROCK: Décima (última. ufa!) Noite.

Muito bem, chegamos (finalmente!!!) à última noite da quinta edição da GIG ROCK. Foram 48 bandas tocando em 10 dias lá no Porão do Beco. Confiram no final do post o "Top 5 Momentos divertidos da GIG ROCK".

Aviso: a crítica da banda seguinte está comprometida com toques pessoais devido ao fato de eu conhecer um dos caras!


A Red so Deep é uma banda que eu queria ver há um bom tempo e não me decepcionei. Eles estavam lançando sei EP, o “As black furniture makes cat hair appear”, e fizeram um ótimo show. Talvez, caso se mechessem um pouco mais no palco, seria um show melhor ainda. No entanto, em questão de qualidade, não posso reclamar. Vocalizações bem impostas e timbragem legal são apenas duas das várias qualidades da ARSD. Até do clipe dos caras eu gostei!

Eu já havia estado presente em um show da Damn Laser Vampires, já tinha visto os caras no Drops RS da MTV e já tinha ouvido falar milhares de coisas deles - aparentemente eles estão bem importantes na cena. No entanto, como querem tocar psychobilly SEM UM BAIXO? Fiquei confusa com esse detalhe. No geral, eles são interessantes pelo apelo visual, diria até que são um tanto performáticos e corajosos (Cat Suit não é pra todos!), mas não são nada que marque uma vida.

A El Mato a Un Policia Motorizado era a outra banda estrangeira dando as caras pela GIG. Fazem um indie bem feitinho, com as suas influências (Yo La Tengo, Weezer, Jesus and Mary Chain) bem visíveis.

A Superguidis fechou a noite e o festival com uma apresentação (e discurso que, como eles mesmos disseram, parecia um jogral) do Vitor e do Iuri, alvos dos agradecimentos das 48 bandas que tocaram no festival. Eu nunca tinha visto nenhum show deles e percebi que eles eram mais "pesados" do que eu imaginava. Nessa hora era quase impossível se mecher na pista. Aparentemente, todo mundo foi para assistir ao show da Superguidis - que, por sinal, fez um ótimo show!



Balanço Geral da GIG ROCK:
- Muita ceva;
- Muita gente circulando;
- Grande companhia do Fanny;
- Bandas que eu queria ver: Severo em Marcha, Frank Jorge, Locomotores, Eu, Zé e os Cara, Disrupted Inc., Lautmusik, Identidade, A Red So Deep.
- Bandas que me surpreenderam: Supergatas, Redoma, Alcaphones, Grosseria, No Rest, Bandinha Di Dá Dó, Suptropicais, Fruet e os Cozinheiros.

Top 5 Momentos Bizarros:
1) A adoração da parte dos DJs por Strokes a ponto de tocar todas as noites duas músicas deles.
2) Carlinhos (da BideouBalde/Império da Lã) caindo e rasgando a calça durante o show, além de esquecer de letras - ok, essa eu não vi, mas o Fanny me contou e merecia estar em um Top 5.
3) Guitarristas COMPLETAMENTE fakes (ficadica: Poliéster!) tocando 2 acordes umas 3 vezes em uma música.
4) Guspidas (anônimo, fique sabendo que pode tanto "guspe" quanto "cuspe", ok?) de verveja de bandas so-called punk (tá mais pra rockstar wannabe).
5) Vendinha de livros/revistas que a Chicken's Call fez no cantinho da pista.


Bom, como as bandas agradeceram, eu também quero!
Obrigada Vitor, Iuri e Beco pela oportunidade.
E um beijo especialmente pra você, Xuxa!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

GIG ROCK: Oitava noite.

Saindo diretaço do Ceva&Blogs 4 (que em breve será assunto de um post aqui no blog), rumei para o Porão do Beco ver a oitava noite da GIG ROCK que contou com as bandas Yanto Laitano, Andina, Identidade e Flutuantes.

Quando cheguei no Porão o Yanto Laitano já estava lá tocando seu teclado. Logo depois juntaram-se a ele um baixista e um baterista. O som me lembrou muito Fito Paez, mas tem qualidade.

Logo em seguida, a Andina subiu ao palco. Sinceramente, foi apenas mais uma banda indie que tocou na GIG ROCK (e olha que eu gosto de indie!). A única coisa que me chamou a atenção foi o fato de que os músicos aparentavam gostar de trocar de posições. Gostavam tanto que, numa determinada hora, haviam três guitarristas no palco. Achei meio excessivo isso, mas tudo bem.

A figurinha importante da noite era a Identidade. Eu tinha assistido um show de abertura deles pro Júpiter Maçã (não vamos comentar agora sobre esse cidadão, tudo em seu tempo!) no ano retrasado e foi muito perceptível a mudança da banda daquela época para agora. Isso sem falar no público: um bando de guriazinhas vestidas como se tivessem recém saído dos anos 60 (vestidinhos, fitas e tudo mais), que acreditavam dançar muito bem e que olhavam com uma cara de admiração para o palco que até eu me impressionei. Na minha primeira vez com a Identidade as pessoas queria era ver o Júpiter, não me lembro de ter muita gente na frente do palco cantando. Sem dúvida, a banda cresceu muito de lá pra cá, tem músicas interessantes e é ouvível, mas não em demasia.

Fechando a noite, a Flutuantes confirmou o que eu já tinha visto em um outro show deles há um tempinho atrás: eles têm qualidade, têm presença de palco e as músicas são muito boas. Uma pena terem sido ofuscados um pouco pela Identidade. Até em votação pra representar o Brasil num festival independente na gringolândia os caras estão presentes. No mínimo uma visitinha no MySpace deles tem de rolar!

P.S.: Não me fiz presente no sábado, mas tudo pode ser encontrado no FaneInBox.

GIG ROCK: Sétima Noite.

A Reverso Revolver foi a primeira banda a subir no palco e mais uma banda que fez com que todos nós detestássemos mais ainda Strokes (eles eram muito parecidos). Sinceramente, Strokes é legalzito, mas ouvir TODAS AS NOITES duas músicas deles é meio demais. Os caras são bons, mas são mais uma banda a soar tipo Strokes.

Eu estava há tempos querendo ver um show da Fruet e os Cozinheiros e a GIG ROCK parecia ser a melhor oportunidade. Os caras tem ótimas composições, um som meio peculiar e fazem um ótimo show. Eu confesso ser fã de misturebas sonoras. Claro que sempre há uma possibilidade de sair uma porcaria, mas, quando se sabe misturar (como é o caso do Fruet) a tendência é surgir algo muito interessante.

No dia em que fui pr Cabaret do Beco ver o Will Sergeant discotecar, eu fiquei sabendo que a banda de uma das djs do lugar ia tocar na GIG ROCK. Como eu estava achando interessante a discotecagem dela, fiquei curiosa para ouvir a banda - Lautmusik. O palco foi superlotado de pedais de efeito (até a vocalista tinha um pedal de reverb) para tocar um rock alternativo 90's... basicamente Siouxsie and The Banshees. O som estava realmente muito embolado e tinha uma guitarra que, a todo momento, dava sinal de vida. A banda é ótima quando se ouve uma gravação. Eles são maravilhosos, com músicas geniais. Já ao vivo, o negócio perde a qualidade e eu quero crer que isso ocorre devido à falta de estrutura pra todo esse reverb.

No momento seguinte eu tive um déjà-vu. A Planondas ia tocar DE NOVO? Ah, não, era a Space Rave, só os "frontmen" eram os mesmos (o guitarrista e a baixista da Planondas). Se eu tinha gostado da Planondas, eu não aguentei muito bem a Space Rave. Ok, ou estou ficando velha ou a banda é MUITO gritada. Eles não são ruins, só não me agradam.

A banda que fechou a noite foi a Subtropicais. Era mais uma banda que figurava a lista "bandas que eu quero ver!". E, de fato, foi um ótimo show. O baixista também esteve tocando com a Fruet e os Cozinheiros, e talvez isso dê uma semelhança entre as bandas - a diferença é que os Subtropicais têm mais brasilidade, mais percussão. Sem dúvidas, o show não decepcionou. Na verdade, tive até uma melhor impressão do que tive quando ouvi o MySpace deles.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

GIG ROCK: Quinta e Sexta Noite

(Confesso ser meio difícil comentar sobre noites, como a quinta, que tinham na sua maioria bandas de hardcore pelo conhecimento superficial do estilo! Devido a isso, vou comentar as bandas mais marcantes.)

A quinta edição da GIG ROCK contou com dois dias de Porrada!

Na quinta noite subiram ao palco as bandas Burning Brain, Grosseria, Disrupted Inc., 6sicks6 e XamorX. Era a noite para bater muita cabeça e se jogar no moshpit. As mais diferentes eram a Disrupted Inc. (deathcore) e a 6sicks6 (metalcore) - as demais bandas eram de hardcore. O público marcou presença, mostrando que é muito válido ceder um espaço às bandas mais pesadas em um festival que é quase lotado de bandas indies.
Destaques da noite: Grosseria é uma banda que contém dois integrantes de uma outra banda dos anos 90 de hardcore, abrirá para o Matanza no dia 27 de julho e me fez querer ter as músicas em casa (e isso que, como eu tinha comentado antes, eu nem sou muito fã de HC). Já a XamorX fez com que eu me sentisse num arraial. Sim, até pipoca tava rolando, além de os caras estarem caracterizados de caipiras. Sem dúvida alguma foi a banda que marcou de uma forma divertida a primeira noite de GigPorrada.

Já na sexta noite - segunda noite de Gig Porrada - a escalação era Chaka, M.I.P.V. (Músicas Intermináveis Para Viagens), No Rest, Chicken's Call e Bandinha Di Dá Dó.

A M.I.P.V. é uma ótima banda (na verdade é uma dupla) que toca som instrumental. A única coisa que me deixou encomodada é o fato de parecer algo meio interminável (bom, agora o nome da banda faz sentido). Veja bem, para ouvir em casa é ótimo, mas para show é meio estranho: a pessoa sempre fica esperando que entre o vocal mas ele nunca entra. De qualquer maneira, é uma banda cheia de qualidade.

A No Rest foi uma banda que me impressionou (e muito!). Com uma mulher no vocal e instrumentistas ótimos, a banda já bem antiga mostrou que sabia muito bem o que fazer no palco.

Uma banda que muitos foram para ver foi a Chicken's Call, banda da França (e que está em turnê com a No Rest) que me agradou muito. Até banquinha de livros/revistas os caras montaram no meio da GIG. Foi incrivelmente divertido ver o Wander Wildner apresentar a CC numa língua que era para ser francês mas mais parecia embromation. Sem dúvida alguma veria outros shows da CC com a No Rest, foi uma ótima combinação.

Para fechar a sexta noite de GIG e a segunda noite de GigPorrada subiu ao palco a Bandinha Di Dá Dó, que dedicou suas músicas à todas as bandas que já tinham tocado no palco naquela noite. Creio que era a banda mais diferente de todas as outras: ela é composta por palhaços - mas daqueles palhaços meio pobres - que tocam músicas misturando o som circense com vários elementos de rock, estilo esse chamado de Clown Music. Eu achava super inovador a minha banda ter uma música que envolve música circense... nos colocaram no chinelo! Melhor banda da noite e, até então, melhor banda do festival.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

GIG ROCK: Quarta noite.

Segunda-feira normalmente é um dia que pouca gente sai e acreditei que teria menos gente do que já tinha no domingo.

A primeira banda (que tava mais pra dupla) a subir ao palco foi a FENX. Era o primeiro show de uma banda que tinha apenas 5 meses de idade, o que explica muitos errinhos que surgiram durante o show. A FENX é composta por uma vocalista, um guitarrista e um notebook, sem contar com a "mini-legião" de fãs que até cartazes levaram. Com detalhes de eletrorock, algumas letras que, pelo que dava para entender, tinham detalhes de dadaísmo e uma voz bem bonita. No entanto, é meio estranho assistir a um show desse tipo sem estar sentado. As músicas não eram exatamente agitadas a ponto da pessoa sair dançando, mas tinham qualidade. Provavelmente daqui a alguns meses, após um ganho de experiência, a banda terá mais qualidade ainda.

Voltando à onde indie rock, surge uma banda que lembra bastante Oasis: Gullivers. O som dos caras, como eles mesmo comentam no MySpace é britrock 60's e 90's, e vale a pena dar uma conferida. Não sei se foi por falta de retorno com um volume decente ou se por falta de habilidade, mas o vocalista é levemente desafinadinho, exceto em uma das últimas músicas que possuia uma intro apenas com guitarra e voz; nessa hora o vocalista cantou bem direitinho. Daí, resta a dúvida: será que ele é ruinzinho ou era erro do pessoal da mesa?

Aviso: a crítica da banda seguinte está comprometida com toques pessoais devido ao fato de eu gostar (pra caralho) dos caras!

A terceira banda a subir ao palco foi a Eu, o Zé e os Cara. Foi engraçado o fato de ter mais fotógrafos na frente deles do que público mesmo. De qualquer maneira, a EZC toca um rock'n'roll totalmente excelente com letras que possuem palavras bem supimpa, como "carinha". Sou partidária das mesmas opiniões do Fanny: "Mas eu não sei porque eles insistem em queimar 'Faca na Bota' logo de cara em quase todos os shows que é, na minha opinião, a melhor música deles." e também acredito que eles poderiam estar mais empolgados com o show, o que creio ter sido fruto da falta de pessoas na pista (só tinha os fotógrafos fazendo seu trabalho e os amigos da banda bem felizes cantando as músicas!). De qualquer maneira, a EZC é uma ótima banda e eu não me cansaria de ir em shows.

Rockfort não é das coisas mais incríveis do mundo. Na verdade, eu achei eles beeem meia-boca. Muita pose, muito grito e nada me marcou de verdadinha. Eles fizeram um cover de Doors que não foi nada de mais apesar de ser interessante saber dessas influências bizarras de bandas punk.

Para fechar a noite de uma maneira, no mínimo, engraçada, subiu ao palco a Alcaphones. Mais pareciam que eles tinha saído do filme o Poderoso Chefão. O baixista, um tiozão, era o Don Corleone, o guitarrista era o Sony e o vocalista era o Michael Corleone. Só ficamos na dúvida sobre quem o baterista seria. Os caras faziam um mix de rock antigão com uns toques mais modernos. De qualquer maneira, o grande ápice do show foi o baixista: o cara, como eu já tinha dito, é um tiozão muito faceiro que toca totalmente emocionado. A pessoa se divertia só de ver o cara tocar! Sem dúvida alguma, veria muito mais vezes!

GIG ROCK: Terceira Noite.

(Se o dress code da primeira noite era o All Star branco, sem dúvidas o da terceira noite eram os dreads.)


Dessa noite apenas uma banda eu já conhecia: a Morgan Le Femme, que foi a primeira a tocar na noite de domingo. Eu, novamente, fui falha e só peguei o finalzinho do show delas. Portanto, vou comentar o que conheço da banda (já vi uns 3 shows delas) e vou comentar a música que eu ouvi no show: Helter Skelter. Bandas formadas apenas por mulheres sempre são a possibilidade de um problema; são poucas as bandas que realmente conseguem superar o patamar comum de mulheres tocando instrumentos (que numa visão beeem generalizada, tende a ser meia-boca), a maior parte fica no básico-médio. A vocalização da Panny realmente me agrada, eu gosto do timbre dela, apesar de achar meio parecido com o da Pitty. A única coisa que eu acho que fica um pouquinho falha é a falta de demonstração de talento da guitarrista. Veja bem, não estou dizendo que ela é ruim, o que estou dizendo é que ela não demonstra tudo o que ela sabe (ou será que ela só sabe aquilo? Creio que não!). Quando cheguei, estavam tocando Helter Skelter (como já tinha comentado antes), música que praticamente sempre usam para finalizar seus shows. É um bom cover de um clássico dos Beatles que casa bem com a Morgan.

Como a noite tinha uma grande presença das mulheres, a banda seguinte foi a Redoma, banda de New Metal com uma mulher no vocal, que abriu para o Evanescence no show que eles fizeram aqui em Porto Alegre. No entanto, a única semelhança que eu percebi entre as duas bandas era o vocal feminino que, no caso da Redoma, suavizava o som. Confesso ser complicado comentar sobre essa banda devido ao fato de eu ter poucos conhecimentos nesse estilo de metal. De qualquer maneira, a banda era boa, o som era bom e as pessoas aparentavam estar gostando. No final do show, eles comentaram que estariam fazendo um show como banda cover de System of a Down, o que me deixou MUITO curiosa - até porque eu gosto razoavelmente bastante de SOAD.

No momento da terceira banda subir ao palco o local já tinha esvaziado bastante, o que mostra que muita gente foi especialmente ver a Redoma. E, sinceramente, se não tivesse a Los Vatos, banda da qual eu já tinha ouvido falar bem, eu teria ido embora. Vou me utilizar novamente das palavras do Fanny para descrever brevemente a banda Yesomar: "Dê uma guitarra para um cara de aproximadamente 28 anos que pensa e age como um de 15 anos, resultado: Som no talo embolado, performaces bizarras e o relaxamento quanto a qualidade do show foi absurda". Como eu também já havia comentado aqui no blog em um drops direto lá da GIG ROCK, nos guspiram. Não sei se foi o guitarrista-vocalista-mangolão ou se foi o baixista, mas um dos dois nos guspiu cerveja. Aquilo foi o suficiente para me fazer querer ir embora ou, no mínimo, querer dar uma reta e outra cruzada na cara do guitarrista-vocalista-mangolão. Gente babaca que toca mal e canta mal não deveria ter o direito que tocar em festivais que colocam no mesmo palco toda essa gente que já tocou, pricipalmente por não respeitarem o público e pessoas que estão ali pra falar deles. No drops eu já tinha falado o bastante sobre eles então vou encerrar a minha crítica sobre a Yesomar por aqui.

Depois da pior banda do mundo, veio uma que me fez voltar aos tempos em que eu morava no interior (Santa Cruz do Sul), tinha 14 anos e frequentava os festivais de rock que a União dos Estudantes fazia. Naquela época a maior parte das bandas eram ou de punk "ramonero" ou de punk mais modernoso, tipo Blink 182. A Los Vatos é uma banda que tem 10 anos de estrada e, de fato, é muito boa. Nada de poserismo, nada de frescura. Riffs legais, letras legais (até falar em "fazer amor" os caras falavam) e um show que valia a pena assistir. De fato, salvaram a terceira noite do fim desastroso que a Yesomar poderia ter proporcionado.

GIG ROCK: Segunda Noite.

A segunda noite da GIG ROCK, no sábado do dia 05/07, prometia ser uma das mais movimentadas devido à presença do Frank Jorge e dos Locomotores. De fato, foi uma grande noite. Devido à problemas técnicos, eu não pude assistir aos dois primeiros shows, que foram da banda Apanhador Só e Tom Bloch. Para que se tenha uma noção de como foram os shows, aqui vai o que o Fanny disse sobre eles:

"Quem inaugura a noite é a banda Apanhador Só. Som bacana, percusões malucas e letras criativas. Por algumas vezes deu vontade de sair dançando como em um “arasta-pé“. E não foi só eu, teve gente que arriscou alguns poucos passinhos - limitados pelos pouco espaço. De uma noite cheia de destaques. O Apanhador foi, além de destaque, uma surpresa.

O Rock Pop do Tom Bloch encantou as moças, a Gisele me informou que gostava de Tom Bloch e quando ouvi entendi tudo: Som para mulher, no bom sentido. Melhor, som para conquistar mulher. Hora Dançante, hora melódico, com suas letras emocionais - mas não bregas, misturada a um instrumental bem trabalhado, Tom Bloch acerta em cheio o apelo feminino. Falando em mulheres, tinha para todos os gostos e dançavam no compasso que a música pedia."

Devido à quantidade de pessoas presentes era quase impossível se mecher pela pista. Para pessoas desprovidas de altura (como eu) era difícil assistir os shows com tranquilidade. Na verdade, as grandes opiniões dos que não viram (mas ouviram) podem ser afirmadas com base nas reações das pessoas.

O show da Locomotores foi o primeiro a movimentar com pleno sucesso a noite. Essa era mais uma banda que eu tinha vontade de ver apesar de conhecer poucas músicas (já tinha ouvido "Vermelha" na rádio Ipanema). Na verdade, eu não vi o show, apenas ouvi. Posso afirmar que, realmente foi um grande show e que não me decepcionou. O público cantava numa felicidade genial, dançava e quando tocaram "Vermelha" e "Nessa Vida" tiveram seu auge. Eu me sinto repetitiva de comentar o show dos caras. Eles foram muito bons e eu gostaria muito de vê-los (só que dessa vez de verdadinha) novamente.

Os organizadores da GIG ROCK foram muito espertos e logo depois da Locomotores colocaram o Frank Jorge a tocar. Eu sou fã convicta de Graforréia Xilarmônica, daquele tipo que aos 13 anos ouvia loucamente a música "Amigo Punk". Ver o Frank Jorge tocando foi sentir um pouquinho do que é sentido ao ver a Graforréia (que, aliás, faz show no domingo dia 13/07 lá no Gasômetro a partir das 14h). O som dele é algo meio "rock-brega" como o Fanny já comentou. Além das músicas de "baile", eles tocaram o grande hino "Amigo Punk" e o hino do Flávio Basso (o Júpiter Maçã): "Lugar do Caralho". Sem dúvida alguma, foi mais um grande show, daqueles pra pessoa se divertir até não poder mais.

Para fechar a segunda noite, subiu ao palco a banda Supergatas, que possuem uma aparência de glam rock, mas um rock mais eletrorock. Eu, como pessoa que ouve eletrorock, me diverti do início ao fim. O vocalista tinha pintado no rosto um raio, igual ao do Bowie naquelas imagens clássicas e o baterista estava vestido de mulher. Além de todo o apelo visual, a banda lançou o mantra da noite que, sem dúvida, ficou na cabeça de muita gente por alguns dias (pelo menos na minha ficou!): "cu que é bom ninguém quer dar, só quer comer!". Eles tocaram alguns medleys (ou o clássico pout-pourri) que misturaram Gwen Steffani e Madonna além de outros que ficaram um pouco irreconhecíveis pra mim, posto que só era possível entender qual música era quando se entendia a letra (e, dependendo do momento, isso ficava complicado). De acordo com o blog da Dani Hyde sobre o primeiro show da Supergatas, “a insanidade coletiva (um bordão falecido) invadiu o recinto... Foi lindo, não consigo pensar outra coisa se não o fato de que os próximos shows da minha vida serão um tédio.” Acho que nada mais precisa ser dito sobre o show depois desse comentário.

A segunda noite foi a melhor até então, cheia de surpresas e de confirmações.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Você e o Canibalismo

Pausa básica para falar bobagem.
Eu estava lendo com o Fanny os feeds dele e vi no blog do Daniel Becher um post sobre como falar sobre o seu peso sem passar vergonha. Na hora percebi que precisava ler aquilo! Existem inúmeras coisas "vergonhosas" de se contar: peso, idade e, no meu caso, altura. Falar da minha altura já virou motivo de piadas provenientes de mim mesma - afinal de contas, é melhor fazer piada de si mesmo antes que os outros resolvam fazer!
Voltemos ao caso peso. Como sempre, a internet consegue criar umas coisas bizarras que não se sabe daonde surgem e muito menos para onde vão. A bola da vez é o recurso de descobrir quantos canibais você poderia alimentar. Estranho? Olha, eu diria divertido, além de ser uma alternativa para as perguntas chatas de peso. Eu fiz o meu:

How many cannibals could your body feed?
Created by OnePlusYou


E você? Quantos canibais se alimentariam do seu corpinho?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

GIG ROCK: Primeira Noite.

Já foram 3 dias de GIG ROCK, sendo que a escalação das bandas do primeiro dia foi Valentinos, Severo em Marcha, Cartolas, Poliéster e Planondas; do segundo dia foi Apanhador Só, Tom Bloch, Locomotores, Frank Jorge e Supergatas; do terceiro foi Morgan Le Femme, Redoma, Yesomar, Alcalóides e Los Vattos.

Primeiro Dia.
(Se a primeira noite tivesse um dress code, ele seria o All Star branco - todas as bandas tinham, no mínimo, um integrante que usava um.)

Acreditávamos que o Porão do Beco não estaria muito cheio no primeiro dia, apesar dos Cartolas tocarem. No início, o som estava meio embolado, mas assim que tudo se resolveu tivemos boas surpresas.





Os Valentinos começaram na hora em que havia um leve problema no som e foi um tanto complicado. Logo em seguida tudo melhorou e deu pra ver que os caras são bem interessantes, até "The Importance of Being Idle" do Oasis os caras tocaram.





A segunda banda foi a Severo em Marcha, banda que eu não conhecia mas tinha vontade de conhecer. Os caras são muito divertidos - um dos vocalistas ficava fazendo "piadinhas" nos intervalos das músicas - e tocam um som muito bom. Como o Fanny (meu fiel escudeiro e fotógrafo) disse, é uma banda que eu ouviria normalmente e veria novamente um show.



A banda que veio a seguir era a figurinha
carimbada da noite: Cartolas.
Apesar de eles serem bem famosos na cena, eu ainda não tinha ouvido nada decentemente deles, só no rádio. Eu confesso que gostei do som, mas tive problemas ao ver o vocalista. O cara era meio afetado demais e eu cheguei a acreditar que ele era um gêmeo mal-formado do Júpiter Maçã. Bizarrices à parte, eu gostei dos Cartolas.




Já não posso dizer o mesmo da banda seguinte: Poliéster. Não entendi a idéia dos caras, não entendi o som e só percebi que eles gostam muito de dizer "tchururu" e "lalala", além de suas variações. Senti que havia alguma influência de LCD Soundsystem (banda que eu gosto). Só. Era meio incompreensível o que eles estavam tentando fazer - e tocar - e mal dava pra entender o que o vocalista cantava - só decifrei a música "Poliéster". Além de não ter entendido os caras, não gostei e não veria novamente. Só para dar uma ajuda: segundo a comunidade dos caras no orkut, eles fazem um pop alternativo (que eu achei alternativo DEMAIS)

A quinta e última banda fez com que eu voltasse aos meus 13 anos, época em que eu ouvia Bikini Kill e Dominatrix. A vocalista da Planondas lembrava fisicamente a Joan Jett e tocava um "rock nervoso". Uma pena já estar tão tarde e eu já me sentir cansada, seria um bom show pra curtir. Tocaram uma música da banda Biônica, banda que, segundo a vocalista, era a sua favorita. Quando ela disse isso eu não pude deixar de fazer leves comparações e, sim, eles lembram MUITO a Biônica! Com certeza, se eu tivesse ainda os meus 13 anos e os gostos que eu tinha naquela época, eu veria a banda muitas outras vezes.

domingo, 6 de julho de 2008

GIG ROCK: Drops dia 3.

Na boa, fomos guspidos!
Banda de gente que fica fazendo pose de machão e não tem mais o que fazer a não ser pensar que é foda e ficar "comendo" a guitarra é muito complicado. O pior de tudo? Os caras são ruins pra caralho. A banda é a Yesomar. NUNCA OUÇAM! NUNCA VEJAM SHOW! Como o Fanny disse, eles são a prova de que nunca se deve tocar cheirado, chapado e/ou bêbado e muito menos dar uma guitarra pra um pitboy! Os caras avacalham gente que tá aqui pra falar deles. Tudo bem que nós não temos nenhuma identificação especial (o que eu acredito ser uma falha da organização, mas nada muito forte), mas o Fanny tava com uma câmera na mão, tava na cara que alguma coisa a gente tá fazendo por aqui. Guspir é demais. Não tem como aturar uma dessas; foi o suficiente pra gente dizer "ok, já vi o que tinha de ver" e ir fazer qualquer coisa (que, nesse caso, foi correr pros PCs que tão aqui na GIG ROCK.
Os caras me agradecem pras "gostosas da primeira banda" (Morgan Le Femme) e, de resto, avacalham mais ainda. Nota mental: nunca mais ir pra qualquer lado que envolva essa banda e suas ramificações. Gente que gospe nos outros - sim, estou sendo bem enfática sobre o acontecimento - não pode ser boa. G-zuiz não gosta! E tenho dito.

Diretaço do Gig Rock 5 edição!

Avisando que estou cobrindo o Gig Rock do Beco.
Já passaram por aqui Cartolas, Severo em Marcha, Valentinos, Tom Bloch, Frank Jorge (com o chefe, o Alemão, na batera), Supergatas, Poliéster, Planondas, Apanhador Só, Locomotores e tem mais por vir!
O negócio tá tri modernoso. Até PC tem por aqui pra ficar vadiando. Além do mais, a gente tem como ficar curtindo o melhor com os DJs.
Gig Rock tá mudando completamente a minha idéia de festivais independentes. :D

Em breve, mais novidades daqui, direto do Porão do Beco.
Aconselho todo mundo a vir. (:

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Fazendo a festa com Will Sergeant




Depois do acontecimento Joss Stone, agora surgiu o Will Sergeant! Ok, a coisa ficou comum agora. Eu sempre acabo caindo nos after-parties das pessoas famosas. A diferença é que, dessa vez, eu fui de propósito.

Nessa quinta-feira, dia 3 de julho, o Echo & The Bunnymen tocou no Opinião, aqui em Porto Alegre. O show foi lindo, foi tudo o que eu queria ver. Tivemos DOIS bis, tivemos Killing Moon, tivemos Stormy Weather, tivemos Rescue. Só faltou Evergreen (que pedimos loucamente) e It's Allright, que é uma música que eu gostaria de ver ao vivo. De qualquer maneira, foi um show que vi na primeira fila e que fez com que eu parasse de raciocinar por um pouco mais de uma hora e meia. Após a tietagem básica de esperar os caras na saída, tirar fotos com o Will Sergeant (g) - aí começa a grande busca pelo cara -, descobrimos que ele discotecaria no Cabaret do Beco. Não pensamos duas vezes! Deixamos o Ian McCulloch (v) ficar mandando todos os brasileiros à merda (juro, ele disse isso!) e fomos correndo (de táxi) pro Cabaret. Eu, a Luiza e o Márcio. Incrível. Inenarrável!
Chegamos lá com medo de termos perdido já boa parte da discotecagem. Que nada! Ele tinha recém começado. E que cara que sabe discotecar bem! Fomos de rockabilly até soul, funk. O meu auge foi quando ele discotecou "You Really Got Me", do Kinks. Ele me ganhou na hora! Eu já tinha visto - e me decepcionado - com discotecagem de gente famosérrima. No ano passado eu vi o Andy Rourke (baixista do Smiths) discotecar no mesmo Cabaret e tudo o que eu pensava era: ok, sou um et! Eu não conhecia na-da. E não era a única. Aparentemente, a pista só gritava e ovacionada em pouquíssimas músicas. E, em algumas vezes, algum solitário dava um gritinho por conhecer a música. Ok, não é necessário tocar o que nós sempre podemos ouvir em qualquer lugarzinho onde toca qualquer pessoinha. Mas, poxa, use o bom senso! A pessoa se sente meio estranha de ficar dançando coisas que ela não faz a mínima idéia do que são. De qualquer
maneira, com o Will (sente a intimidade!) foi diferente! O cara discotecou tudo o que eu gostaria de ouvir. Na verdade, eu tenho uma teoria estranha (qual é a novidade?) sobre esse tipo de coisa e ela se estende pra shows que a pessoa assiste de primeira fila. É engraçado como nos sentimos íntimos da pessoa, da música. É como se, ao invés de ouvir os álbums, a pessoa visse o cara tocando, como se o Ian estivesse sempre aqui em casa cantando pra mim Killing Moon. Essa intimidade (que foi como a Luiza definiu) é impagável. Em questões de discotecagem, é incrível poder ouvir o que o cara ouve em casa e saber qual é a idéia dele de uma festa. E eu afirmo sem preocupações que eu iria em todas as festas na vida que o Will fizesse. O cara sabe como animar um pessoal. Não vi uma pessoa sequer que estivesse parada, cansada (e isso que chegamos às 2 e pouco da manhã por lá). A grande surpresa da noite? Ele tocou Bate Macumba, dos Mutantes. Juro, essa foi impagável! Melhor do que tudo isso que eu já contei é poder parar do lado do cara, dar oi e ficar conversando fiado, tietando mesmo, dizendo que adora a banda, que adora o que ele discoteca. O melhor momento foi quando ele terminou de discotecar e eu fui conversar com ele. Falei pra ele que era incrível ouvir ele tocar tudo aquilo e pensar "nooooossa, eu ouço isso em casa!!!! ele também ouve isso!!!". Will, como resposta, me deu um sorriso e agradeceu. Depois, quando eu fui comentar sobre o fato de ele ter tocado Mutantes, ele me disse que tinha visto os caras no ano passado. Achei genial o interesse dele, afinal de contas, Bate Macumba não é das maaaaais conhecidoooonas dos Mutantes e ele tocou a originalzona. Nada de novas versões e gravações. A original (que, por sinal, era a cerveja que ele bebia!).

Então, essa foi mais uma festa com gente famosa e, dessa vez, eu consegui tietar o suficiente, ficar ali conversando e tirar fotos. Ah, antes que eu esqueça de comentar: ele não fica andando com 87346873 seguranças. Só tinha um cara ali junto que, creio eu, funcionava mais como intérprete para situações que se complicassem.
Will Sergeant é a vida!!!