"Quem inaugura a noite é a banda Apanhador Só. Som bacana, percusões malucas e letras criativas. Por algumas vezes deu vontade de sair dançando como em um “arasta-pé“. E não foi só eu, teve gente que arriscou alguns poucos passinhos - limitados pelos pouco espaço. De uma noite cheia de destaques. O Apanhador foi, além de destaque, uma surpresa.
O Rock Pop do Tom Bloch encantou as moças, a Gisele me informou que gostava de Tom Bloch e quando ouvi entendi tudo: Som para mulher, no bom sentido. Melhor, som para conquistar mulher. Hora Dançante, hora melódico, com suas letras emocionais - mas não bregas, misturada a um instrumental bem trabalhado, Tom Bloch acerta em cheio o apelo feminino. Falando em mulheres, tinha para todos os gostos e dançavam no compasso que a música pedia."Devido à quantidade de pessoas presentes era quase impossível se mecher pela pista. Para pessoas desprovidas de altura (como eu) era difícil assistir os shows com tranquilidade. Na verdade, as grandes opiniões dos que não viram (mas ouviram) podem ser afirmadas com base nas reações das pessoas.
O show da Locomotores foi o primeiro a movimentar com pleno sucesso a noite. Essa era mais uma banda que eu tinha vontade de ver apesar de conhecer poucas músicas (já tinha ouvido "Vermelha" na rádio Ipanema). Na verdade, eu não vi o show, apenas ouvi. Posso afirmar que, realmente foi um grande show e que não me decepcionou. O público cantava numa felicidade genial, dançava e quando tocaram "Vermelha" e "Nessa Vida" tiveram seu auge. Eu me sinto repetitiva de comentar o show dos caras. Eles foram muito bons e eu gostaria muito de vê-los (só que dessa vez de verdadinha) novamente.
Os organizadores da GIG ROCK foram muito espertos e logo depois da Locomotores colocaram o Frank Jorge a tocar. Eu sou fã convicta de Graforréia Xilarmônica, daquele tipo que aos 13 anos ouvia loucamente a música "Amigo Punk". Ver o Frank Jorge tocando foi sentir um pouquinho do que é sentido ao ver a Graforréia (que, aliás, faz show no domingo dia 13/07 lá no Gasômetro a partir das 14h). O som dele é algo meio "rock-brega" como o Fanny já comentou. Além das músicas de "baile", eles tocaram o grande hino "Amigo Punk" e o hino do Flávio Basso (o Júpiter Maçã): "Lugar do Caralho". Sem dúvida alguma, foi mais um grande show, daqueles pra pessoa se divertir até não poder mais.
Para fechar a segunda noite, subiu ao palco a banda Supergatas, que possuem uma aparência de glam rock, mas um rock mais eletrorock. Eu, como pessoa que ouve eletrorock, me diverti do início ao fim. O vocalista tinha pintado no rosto um raio, igual ao do Bowie naquelas imagens clássicas e o baterista estava vestido de mulher. Além de todo o apelo visual, a banda lançou o mantra da noite que, sem dúvida, ficou na cabeça de muita gente por alguns dias (pelo menos na minha ficou!): "cu que é bom ninguém quer dar, só quer comer!". Eles tocaram alguns medleys (ou o clássico pout-pourri) que misturaram Gwen Steffani e Madonna além de outros que ficaram um pouco irreconhecíveis pra mim, posto que só era possível entender qual música era quando se entendia a letra (e, dependendo do momento, isso ficava complicado). De acordo com o blog da Dani Hyde sobre o primeiro show da Supergatas, “a insanidade coletiva (um bordão falecido) invadiu o recinto... Foi lindo, não consigo pensar outra coisa se não o fato de que os próximos shows da minha vida serão um tédio.” Acho que nada mais precisa ser dito sobre o show depois desse comentário.
A segunda noite foi a melhor até então, cheia de surpresas e de confirmações.
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