quinta-feira, 26 de junho de 2008

Homens vs. Mulheres!

Eu estava pra fazer esse post há um tempinho (desde domingo), mas ou esquecia ou decidia que tinha de pensar um pouco mais no assunto. No domingo passado teve jogo do Grêmio e eu fui com o Fanny num butéco para ver. Intervalo, aquela coisa comum, fui ao banheiro (já tinha tomado várias cevas! A natureza acaba chamando!). Lá, me deparei com uma fila composta por umas 4 gurias. Como se todas fossemos íntimas, a primeira da fila olha pra mim e diz: "Seria tão mais fácil se fôssemos homens. É tão mais fácil pra eles". Eu concordei com um aceno de cabeça e um sorriso - quando me encaminho pro banheiro eu pretendo ir ao banheiro e não ficar conversando na fila (sim, sou chata). No entanto, ignorando o fato de eu estar ignorando ela, a menina continua: "É, tudo é mais fácil pra eles... tantas coisas que eles não precisam fazer...". Não preciso dizer que eu apenas disse "É verdade!" e sorri, novamente. O caso é que tudo isso ficou na minha cabeça. Eu não podia parar de pensar: será que, de fato, os homens tem uma vida mais fácil? Seria um sexo o "escolhido" para a vida fácil? Acho difícil.
Ok, é muito simples. Basta fazermos uma lista de prós e contras (eu decido tudo na minha vida com essas listas).
- Prós de ser homem: mijar de pé, mijar em qualquer lugar, mijar rápido... ah, sim! Não menstruar (acho que essa é a melhor parte), não ovular, não engravidar, pegar zilhões de mulheres e ser chamado de garanhão (enquanto nós, mulheres, somos chamadas de putas ¬¬).
- Contras de ser homem: não ter uma "desculpa" para gastar fortunas em sapatos e roupas (exceto gays - nada conta, amo vocês!), ter dificuldade de adentrar o círculo feminino.
É, como visto, a lista de prós é bem maior. No entanto, eu creio que a lista de "prós de ser mulher" seria maior do que a lista de "contras de ser mulher" e continuo acreditando que o grande trunfo masculino é o de poder mijar de pé em qualquer lugar e o de não menstruar. Mas, bom, não menstruar já é possível e mijar de pé a pessoa aprende - apesar de achar que fica meio complicado para uma mulher mijar em qualquer lugar.

Conclusão: a única vantagem de ser homem é poder mijar em qualquer lugar. Meio banal, não? Tantas outras coisas mais interessantes do que mijar...

Eu prefiro continuar sendo mulher, mesmo menstruando e tendo restrições pra mijar.
Agora, quanto ao fato de sermos consideradas putas por pegar meio mundo, bom, isso já é outra história...

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Fazendo festa com a Joss Stone.

Ok, o título não é bem a realidade, mas ela tava no mesmo lugar que eu. :D

A noite era de festa anos 80 no opinião e de show da Joss Stone no Pepsi on Stage. Anos 80 de graça e JS (vamos abreviar pra ficar mais fácil) sabe deus quanto era. Isso sem contar que era tipo um pré-aniversário da Deny. Fomos todos (eu, Deny, Rafael, Juliano, Gabi e Joyce) pro Opinas convictamente. Dançamos Xuxa, Midnight Oil e todas essas coisas lindas - ou nem tanto - dos anos 80. Depois de ter visto mil pessoas conhecidas decidimos ir embora. Graaaaande fila no caixa e nada do Master passar. "Tá sem conexão de rede. Espera um pouco e volta!" Isso é o que eu mais adoro fazer, esperar às 3 e 15 da matina com os pés doendo, com sono e com sede. A-do-ro! No entanto, até foi legal o Master não ter passado. Saí de graça e bebi Marguerita. :D (pobre é foda)
Tá, o caso é que, quando eu já tava morrendo de sono, o Jules diz: "Olha ali, é a JS se agarrando com um monte de caras na área vip". HUAHUHUAHUAUH
Sim, JS, depois de um show, resolveu ir na festa mais trash (e que eu creio que, em determinados momentos de Xuxa, por exemplo, não faz sentido para estrangeiros) se agarrar. Sério. 3 da manhã? Não tinha nada melhor pra fazer, tipo o bar do hotel? O caso é que foi bem na hora de eu ir embora, o que foi muito triste. Eu não sou muito fã dela, conheço poucas músicas mas acho ela tri interessante. Podia ter tietado um pouco, mas os caras já tavam se mexendo pra eu poder sair for free, não podia perder essa oportunidade.

Então, resumo da noite: não falei com a estrela da noite, não tirei foto, mal vi a tia e saí de graça. Fair enough. E ainda posso dizer que estive em festa de gente famosa. Saldo positivo afu.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

o (grande) mês de junho.

Podem dizer que isso é coisa de gente mal-amada (oi, meu nome é Luísa, tenho 19 anos!), mas me irrito levemente com toda essa papagaiada de dia dos namorados. Ok, talvez isso ocorra por, nesse ano, eu jogar no time dos descasados. No entanto, eu acho uma baita apelação ver todas as vitrines, todos os outdoors, todas as propagandas relacionadas ao fatídico dia. Não saio apedrejando os casais fofinhos que vejo pela rua, se enchendo de flores e bombons e tudo mais que possa ser feito em forma de coração (juro que não faço isso!). Mas é complicado - e até engraçado - ver toda essa gente correndo em função de um dia que não significa lá muita coisa. Creio que exista poucas datas de real importância em relacionamentos e elas são:
a) aniversário de um
b) aniversário do outro
c) comemoração de meses/anos de relação.
Talvez o natal entre nessa onda, posto que a tendência é que as pessoas troquem presentes. Mas, poxa, precisa fazer todo esse auê e entupir os lugares de coraçõezinhos? É quase como se os lugares estivessem gritando para nós, os solteiros, os perdedores, algo do tipo "viu? se deu mal! vai passar o dia dos namorados sozinho!".
Querem saber a realidade? Eu passei ótimos dias dos namorados (os últimos dois) "sozinha" e feliz. O primeiro foi regado a vinho e pizza com um amigo, "chorando" os foras, os traumas e os bolos levados. O último foi repleto de amigos, cervejas e um show legal da Suco Elétrico. Quer melhor companhia do que amigos pra passar esse dia? Que se dane se eu não tinha alguém me esperando em algum lugar com flores e com uma reserva em um restaurante interessante e bonitinho, onde ficaríamos nos encebando e rasgando seda até o final do dia.
Aí, termina o dia dos melosos. Finalmente!
No entanto, como se Deus (se é que ele existe) não pudesse ser sacana o suficiente, o que temos no dia 13 de junho? tcha-ram! Dia de Santo Antônio - o dia para não se perder todas as esperanças. HA-HA. Muito divertido. Depois de ver todo mundo se lambusando de amor, eu preciso ouvir TODAS AS PESSOAS falarem que "ainda há uma salvação! ainda há o pãozinho de Sto. Antônio!". Até o rádio foi infestado dessa coisa. Procissões são feitas - e nos trê turnos. Simpatias de virar o santo de mil maneiras e deixá-lo assim até que se encontre alguém. Simpatias de roubar nosso querido amigo G-ZUZ do santo e só devolver depois de achar o bofe ou a bofa - por favor, não me questionem sobre como eu sei desse tipo de coisa; seria vergonhoso demais admitir.
A questão é: favor nos deixar em paz. :D
Todos agradecemos a paciência.

domingo, 8 de junho de 2008

Como Virar Sua Mãe - Parte I

Eu virei minha mãe. Ok, a coisa é mais complicada do que parece. Não que eu não goste de ser como a minha mãe, mas é estranho. Por exemplo, quando os guris vêm aqui em casa e começam a se refestelar, eu fico tirando os copos de perto, fico dizendo "ai, tu vais te machucar" e coisas do gênero. Depois de uma "festa", eu varro tudo, eu lavo a louça - e não me importa de ser às 11 da manhã e eu ter recém acordado. Aí, eu fico pensando: somos, todos nós, pessoas que serão iguais aos seus pais?
Talvez eles sejam um modelo e nós acabemos pegando alguns detalhes para sermos iguais. Talvez sempre sejamos presos aos nossos pais - assim como dizem que todas as mulheres procuram homens parecidos com seus pais e todos os homens, mulheres parecidas com suas mães. O caso é que, às vezes, essa constatação fica clara demais e todos já começam a perceber. Eu já virei a "mãe" do grupo, assim como sempre fui e até me orgulho um pouco disso - sem mim, talvez, eles se machucassem mais. Ou não. Talvez eles ficassem bem da mesma maneira e seja coisa da minha cabeça toda essa necessidade de ajudar e de cuidar. O fato é que eu gosto de exercer essa função na vida de todos. De querer ligar pra ver se o bebum chegou em casa inteiro e não se matou na volta de carro pra casa. De querer tirar todos os objetos cortantes de perto das pessoas que possam se machucar e/ou machucar outros. Só que, e aí chegamos num ponto crítico: não tem como fazer isso sempre. Por mais que eu tente, em algum momento eles estarão sozinhos e eu não vou poder ajudar. Em algum momento eles vão se machucar. Em algum momento eles vão bater o carro. E eu não vou poder ajudar. Não vou.

Não. Na verdade, eu vou poder ajudar sim. Nem que seja levando no hospital. :D

domingo, 1 de junho de 2008

passé composé

O garoto olhava o mundo como quem olha algo extremamente novo e incrível, como quem não tem medo do tempo que pode passar, como uma criança que não sabe o que a palavra “tempo” significa. Talvez nesse ponto todos nós tenhamos inveja desses garotos que levam a vida como nós levamos o nosso momento de calmaria, rodeados de tudo e sem o mínimo de intenção de nos mexermos. A dúvida que resta é muito simples: somos nós pessoas que vivem em função do passado? Seria o nosso futuro algo ligado ao que já aconteceu?

Confesso ter medo desse tipo de idéia. Confesso que me assusta a possibilidade de necessitarmos viver nossas vidas buscando o que o passado nos proporcionou. A cada conversa com amigos, a cada história contada de uma maneira divertida, lembrando a todos que o passado foi engraçado e que mudamos muito nesse ínterim, esse medo aumenta. No entanto, nos erguemos em nossos saltos, em nossas poses de Marlon Brando n'O Poderoso Chefão, na nossa segurança inventada. Acabamos por procurar na nossa vida boêmia uma razão para permanecermos discutindo nossa filosofia de bar, para continuarmos a tentar encontrar nos copos, nos rostos, nas multidões algo que nos faça único e que, ao mesmo tempo, nos faça igual a todos os outros. Sentamos em nossas casas, sozinhos, olhando para a janela, como se dela fosse surgir uma solução para o nosso marasmo. Abrimos um garrafa de vinho qualquer, servimos nossas taças como quem quer servir a sua taça de vida, de música, de emoções. Largamos nosso pessimismo momentaneamente e andamos em busca de uma luz que nos guie, que nos faça viver com a intensidade merecida. Nos jogamos nos braços de desconhecidos que nos convidam a dançar.