sábado, 25 de agosto de 2007

Largar ou não largar?

A questão é bem simples: largar ou não largar?
Não é tudo que pode ser mantido e nem tudo pode ser abandonado de uma hora pra outra! Como diria a Dai, "a vida é um par ação-reação". Todas as nossas opções desembocarão em uma determinada rota, queiramos nós ou não. Como saber qual atitude tomar? Como balancear as coisas se elas são tão diferentes? Deveríamos nos concentrar no valor que elas adquiriram com o tempo? Devemos ser secamente práticos e só analisarmos a sua utilidade em nossas vidas?

Creio que tudo é bem mais profundo do que percebemos. Eu fiz escolhas que mudaram minha vida completamente. E eu não me refiro a algo do gênero "qual roupa usar?"; me refiro a questões fundamentais, que podem me acrescentar mundos e fundos. Eu abri mão de determinadas coisas que hoje vejo não ser tão importantes, valiosas e muito menos significativas. E disso tudo, a única lição que pude tirar foi a de não cometer os mesmo erros. Não digo que não os cometeria novamente, e sim que pensaria muito mais sobre o assunto. Talvez por isso eu fale menos e pense mais antes de dizer qualquer asneira. Sim, sou conhecida por falar besteira nas horas mais impróprias, mas também sei refletir sobre o que vou proferir.

No fundo, acho que esse metodismo não me leva praticamente a lugar nenhum. No entanto, posto que não tenho muito, a não ser bagagem - emocional, espiritual, profissional, etc -, não tenho (praticamente) nada a perder. Posso passar uma noite inteira ouvindo qualquer coisa, enchendo a boca pra falar e justificar as coisas nas quais acredito ou então falar sobre o que li ontem no meu horóscopo. A vida é feita de vivência, por mais redundante que isso possa parecer.


No momento, me permito assistir à uma grande obra de Coppola, com grandes mestres do cinema e tentar entender o tão dito "manual de sobrevivência masculino" que é "O Poderoso Chefão" e me preparar mentalmente para um longo e bom ensaio com a melhor companhia que eu poderia querer: meus amigos, confidentes e muito mais sábios do que o meu horóscopo - que creio ser inventado por algum gordinho, enquanto ele come alguma coisa bem açucarada, cheia de gordura-trans, toma um café preto e bola um bom parágrafo para publicar no jornal, crendo que com um monte de informações vagas sobre algum planeta se alinhando com alguma outra coisa existente no universo vá mudar a vida de alguém ou, no mínimo, manter seu emprego. Feliz ele, que "pode" dar esperanças à vida de alguém com poucas frases!

Um comentário:

Fanny disse...

Então, a vida é realmente como a Dai disse e um pouco mais.
Acredito na beleza dos contrários desse nosso mundo caótico, admiro tanto quando a beleza dos semelhantes.
Na verdade, tudo pode ser dividido em Emocional e Racional. Poder equilibrar os dois é o grande segredo, mas o "ponto de equilibro" entre essas é algo variável para cada pessoa e situação.
Não acredito em metodismo, não acho que ele funcione sempre. Sou à favor "do momento" embora eu já tenha perdidos muitos "momentos", para minha pessoa a razão atrapalha muito a vida quanto entra o sentimental, já que o segundo é algo forte o primeiro tende a censura-lo.

Enfim, a vida é uma eterna busca e aprendizado e quem sabe no fundo o grande segredo seja apenas saber o que não se gosta e manter-se longe disso. Enquanto se prova o que é duvida e o que se gosta.