E eis que se entra na tal "Fase do Vazio". Talvez ela seja de cunho criativo ou então de cunho amoroso. Mas ela simplesmente entra nas nossas vidas. É o momento em que nada mais tem fundamento, nada mais faz sentido. Lutamos, no início, para negá-la, mas raramente conseguimos eliminá-la. Somente depois de um bom tempo e com a ajuda de uma boa emoção a vemos como passado, e não mais como presente. Em alguns momentos tentamos combater essa tal fase e tirá-la da vida de outrém. Tentamos ser a emoção que aparentemente falta à essa pessoa, tentamos fazê-la ver que podemos tomar lugar do vazio, mas ainda sim, depende do cidadão que está neste momento. E, não raro, nos vemos impotentes frente à tudo isso, da mesma maneira que muitos querem mudar inúmeros fatos, mas sentem-se pequenos demais para tanto.
Então nos lançamos em uma jornada, uma espécie de férias da vida, tentando juntar todos os pedaços que já caíram, não importa o que tenha sido quebrado. Sentimos como se não nos reconhecessemos mais, como se estivéssemos prestes a gritar, muito alto, tentando libertar algo que nem sabemos ao certo o que é. Passam por nossa cabeça pensamentos de variadas naturezas: desde a possiblidade de nos "espiritualizarmos" até a de nos matarmos - claro que nesse caso, a intensidade e o período que ela permeia nossa mente varia de pessoa para pessoa. Nos sentimos como a Geni, do Chico (Buarque): "Joga pedra na Geni/Ela é feita pra apanhar/Ela é boa de guspir[...]Maldita Geni".
Felizmente, tudo isso passa, assim como o inverno acaba e a primavera chega.
Eu ainda espero a minha e a de outras pessoas passarem. Espero não mais enxergar tudo com os olhos cansados de quem não vê muito futuro e apenas sente saudade da pessoa que era há pouco tempo atrás. Ainda tenho a esperança de não mais ver a tal linha traçada, que nunca mais se apaga.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
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2 comentários:
Cunho criativo ou não, Luísa, a grande sacada é saber aproveitar a tal "Fase". É estranho buscarmos por algo que nem sabemos o que é. Entretanto, acredito - no fundinho - que tudo na vida chega até nós pelas vivências que temos. Felicidade, tristeza, amor, solidão. Até mesmo a arte se baseia nas vivências, não?
O mais legal é aproveitar isso e fazer arte - Álvarez de Azevedo deve ter passado por uma fase beeeeeeeem longa.
Ou podes mudar as tuas vivências e, conseqüentemente, a tua fase.
Que seja, sabes - se não sabes, saibas agora - que podes contar comigo pro que for, Amélie.
=*******
Como se pode ler no Título, é apenas uma fase, pondero sobre ser algo relativo a idade + experiências amorosas (ou algo tão frustante quanto). E é realmente só uma fase.
O que muda é só nossa idade mental. A maturidade ao tratar de tais assuntos...
No resto, temos que levar mesmo a vida, e aproveitar cada Fase, afinal de contas vamos aprender com elas, né?
=**
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