sexta-feira, 4 de julho de 2008

Fazendo a festa com Will Sergeant




Depois do acontecimento Joss Stone, agora surgiu o Will Sergeant! Ok, a coisa ficou comum agora. Eu sempre acabo caindo nos after-parties das pessoas famosas. A diferença é que, dessa vez, eu fui de propósito.

Nessa quinta-feira, dia 3 de julho, o Echo & The Bunnymen tocou no Opinião, aqui em Porto Alegre. O show foi lindo, foi tudo o que eu queria ver. Tivemos DOIS bis, tivemos Killing Moon, tivemos Stormy Weather, tivemos Rescue. Só faltou Evergreen (que pedimos loucamente) e It's Allright, que é uma música que eu gostaria de ver ao vivo. De qualquer maneira, foi um show que vi na primeira fila e que fez com que eu parasse de raciocinar por um pouco mais de uma hora e meia. Após a tietagem básica de esperar os caras na saída, tirar fotos com o Will Sergeant (g) - aí começa a grande busca pelo cara -, descobrimos que ele discotecaria no Cabaret do Beco. Não pensamos duas vezes! Deixamos o Ian McCulloch (v) ficar mandando todos os brasileiros à merda (juro, ele disse isso!) e fomos correndo (de táxi) pro Cabaret. Eu, a Luiza e o Márcio. Incrível. Inenarrável!
Chegamos lá com medo de termos perdido já boa parte da discotecagem. Que nada! Ele tinha recém começado. E que cara que sabe discotecar bem! Fomos de rockabilly até soul, funk. O meu auge foi quando ele discotecou "You Really Got Me", do Kinks. Ele me ganhou na hora! Eu já tinha visto - e me decepcionado - com discotecagem de gente famosérrima. No ano passado eu vi o Andy Rourke (baixista do Smiths) discotecar no mesmo Cabaret e tudo o que eu pensava era: ok, sou um et! Eu não conhecia na-da. E não era a única. Aparentemente, a pista só gritava e ovacionada em pouquíssimas músicas. E, em algumas vezes, algum solitário dava um gritinho por conhecer a música. Ok, não é necessário tocar o que nós sempre podemos ouvir em qualquer lugarzinho onde toca qualquer pessoinha. Mas, poxa, use o bom senso! A pessoa se sente meio estranha de ficar dançando coisas que ela não faz a mínima idéia do que são. De qualquer
maneira, com o Will (sente a intimidade!) foi diferente! O cara discotecou tudo o que eu gostaria de ouvir. Na verdade, eu tenho uma teoria estranha (qual é a novidade?) sobre esse tipo de coisa e ela se estende pra shows que a pessoa assiste de primeira fila. É engraçado como nos sentimos íntimos da pessoa, da música. É como se, ao invés de ouvir os álbums, a pessoa visse o cara tocando, como se o Ian estivesse sempre aqui em casa cantando pra mim Killing Moon. Essa intimidade (que foi como a Luiza definiu) é impagável. Em questões de discotecagem, é incrível poder ouvir o que o cara ouve em casa e saber qual é a idéia dele de uma festa. E eu afirmo sem preocupações que eu iria em todas as festas na vida que o Will fizesse. O cara sabe como animar um pessoal. Não vi uma pessoa sequer que estivesse parada, cansada (e isso que chegamos às 2 e pouco da manhã por lá). A grande surpresa da noite? Ele tocou Bate Macumba, dos Mutantes. Juro, essa foi impagável! Melhor do que tudo isso que eu já contei é poder parar do lado do cara, dar oi e ficar conversando fiado, tietando mesmo, dizendo que adora a banda, que adora o que ele discoteca. O melhor momento foi quando ele terminou de discotecar e eu fui conversar com ele. Falei pra ele que era incrível ouvir ele tocar tudo aquilo e pensar "nooooossa, eu ouço isso em casa!!!! ele também ouve isso!!!". Will, como resposta, me deu um sorriso e agradeceu. Depois, quando eu fui comentar sobre o fato de ele ter tocado Mutantes, ele me disse que tinha visto os caras no ano passado. Achei genial o interesse dele, afinal de contas, Bate Macumba não é das maaaaais conhecidoooonas dos Mutantes e ele tocou a originalzona. Nada de novas versões e gravações. A original (que, por sinal, era a cerveja que ele bebia!).

Então, essa foi mais uma festa com gente famosa e, dessa vez, eu consegui tietar o suficiente, ficar ali conversando e tirar fotos. Ah, antes que eu esqueça de comentar: ele não fica andando com 87346873 seguranças. Só tinha um cara ali junto que, creio eu, funcionava mais como intérprete para situações que se complicassem.
Will Sergeant é a vida!!!

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